Guerra em cabinda tem pontos de vistas diferentes dos Politicos

Secretário provincial da UNITA diz que "MPLA escamoteia a verdade, pois há guerra"
A governadora de Cabinda, Aldina Matilde Barros Da Lomba, desmente a existência de conflito militar na província. Mas o secretário provincial da Unita, Estevão Pedro Neto, acusa as autoridades de não falarem a verdade.
As declarações surgem numa altura em que a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, FLEC, afirma terem-se registado confrontos militares no território.
A FLEC diz num comunicado que sete soldados governamentais e dois guerrilheiros foram mortos nos últimos confrontos.
Segundo a governadora, Cabinda vive um clima de paz e as notícias sobre guerra no território referem-se a “uma Cabinda que só existe nas mentes doentes onde a guerra faz morada, onde o ódio é o seu apanágio principal e onde a destruição continua a ser a meta que querem alcançar”.
Ela acrescentou que “em Cabinda não temos cenários idênticos aquelas imagens que fazem publicar nas redes sociais”.
“Há guerra e o povo de Cabinda espera pelo diálogo,” diz o secretário provincial da Unita. "O governo do MPLA tem estado a escamotear a verdade pois tem havido ataques”.
Entretanto o Fórum Cabindês para o Diálogo dá sinais de desintegração com o abandono dos seus principais dirigentes na sequência do fracasso da renegociação da atribuição de um estatuto especial para a província de Cabinda.
O general Zenga Mambo foi um dos últimos responsáveis a abandonar a organização.
Mambo, que se juntou ao governo, disse à Obsevangola News que a decisão deve-se à segurança e sobrevivência, tal como já o fizeram os seus antigos companheiros.
A FLEC/FAC que reivindicou ter morto este fim de semana 17 soldados das FAA no norte de Cabinda, o comandante da FLEC/FAC o tenente general Afonso Nzau chefe de brigada no Maiombe Sul, apela o governo angolano a um "diálogo franco e aberto" com a organização independentista, admitindo no entanto que "não é fácil dialogar e lutar. Mas lutamos para o MPLA aceitar o cessar-fogo verdadeiro e depois vamos dialogar...se os angolanos não aceitarem negociar, nós continuaremos a combater...até que um dia aceitem negociar".
O comandante Afonso Nzau e o seu superior hierárquico Zacarias Bras Soni, que lidera as FAC e ordenou estes ataques vão pedir diálogo ao governo angolano.
Afonso Nzau acusa ainda de traição Alexandre Tati, antigo vice-presidente da FLEC e comandante em chefe das FAC, afirmando que ele "tentou golpear Nzita Tiago e assumir a presidência da FLEC...desviou cinco milhões de dólares "algum dinheiro que o Presidente José Eduardo dos Santos concedeu a Nzita Tiago, para organizar em Portugal um encontro inter-cabindês".

Fonte: Observador
Redacção: Cabinda


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