Apresentadas no Uíge linhas mestras para saída da crise

O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, apresentou nesta terça-feira, na cidade do Uíge, as linhas mestras da estratégia do Executivo para a saída da crise económica e financeira com vista ao desenvolvimento da sociedade angolana.
 
Falando durante uma conferência sobre a rede nacional das plataformas logísticas a serem implantadas no país, o governante disse que Angola  através dos seus programas dirigidos tem  vindo a desenvolver várias acções baseadas no programa de combate à pobreza  em curso no país, e  outras de construção de infra-estruturas sociais como estradas e caminhos de ferro.
 
“Para  desenvolver esses programas é necessário envolver recursos  internos  e externos para o seu financiamento, bem como desenvolver políticas ligadas à administração  tributária  para conter a situação”, disse, acrescentando que, em situação de crise, há que encontrar soluções e tomar medidas que minimizem os efeitos negativos.
 
Augusto Tomás lembrou que a fonte de  receitas  passa  necessariamente pelo aumento a curto prazo da produção e o controlo dos produtos exportáveis para gerar divisas, aumento da produção interna  dos produtos básicos  e outros essenciais ao consumo e à exportação.
 
O investimento público  deve  ser  canalizado  para os projectos  estruturantes  provedores  de bens  públicos  com impacto na diversificação  da economia. Os investimentos para infra-estruturas, energia, água, estradas, transportes  e logísticas  devem ser concebidos  e estruturados  para apoiar  a implementação de programas  dirigidos  preferencialmente, sublinhou o governante.
 
Para o governante, as plataformas transfronteiriças seriam um factor determinante para o incremento das relações comerciais, colocando no centro importantes fluxos comerciais gerados por um mercado com mais de 250 milhões de consumidores, com vastos recursos económicos e numa posição de vantagem perante muitos dos países desta macro-região.
 
Disse que a província do Uíge vai contar com plataformas logísticas urbanas e regionais,  a exemplo do mercado fronteiriço de Kimbata, no município de Maquela do Zombo.
 
“As plataformas logísticas transfronteiriças assumem-se como “guarda avançada” da logística nacional junto às fronteiras com todos os países com os quais Angola possui fronteiras comuns”,  disse o ministro dos Transportes.
 
Por sua vez, o governador local,  Paulo Pombolo, afirmou que no mercado fronteiriço de Kimbata estão já construídas infra- estruturas provisórias onde funcionarão a Polícia Fiscal e de fronteiras, Serviços de Migração e Estrangeiros, Administração Geral Tributária (AGT) e Bancos, tendo sido reservado espaço para a plataforma logística de Kimbata.
 
O governador referiu-se às minas de cobre de Mavoio, em Maquela do Zombo, informando que foram já prospectadas  48 milhões de toneladas de cobre.
 
Neste âmbito, sugeriu a possibilidade de construção de um ramal ferroviário a médio ou longo prazo para o município de Maquela do Zombo, passando para o Pôlo Industrial de Negage às plataformas de Bungo e Damba, para beneficiar os produtores e operadores económicos desta região.
 
Paulo Pombolo mostrou-se preocupado com a falta da operacionalização dos voos da TAAG para a província, quatro anos após a inauguração do Aeroporto local, Manuel Quarta Punza, equipado com meios modernos, facto que tem criado muitos transtornos a população.


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