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Falando durante uma conferência sobre a rede nacional das plataformas logísticas a serem implantadas no país, o governante disse que Angola através dos seus programas dirigidos tem vindo a desenvolver várias acções baseadas no programa de combate à pobreza em curso no país, e outras de construção de infra-estruturas sociais como estradas e caminhos de ferro.
“Para desenvolver esses programas é necessário envolver recursos internos e externos para o seu financiamento, bem como desenvolver políticas ligadas à administração tributária para conter a situação”, disse, acrescentando que, em situação de crise, há que encontrar soluções e tomar medidas que minimizem os efeitos negativos.
Augusto Tomás lembrou que a fonte de receitas passa necessariamente pelo aumento a curto prazo da produção e o controlo dos produtos exportáveis para gerar divisas, aumento da produção interna dos produtos básicos e outros essenciais ao consumo e à exportação.
O investimento público deve ser canalizado para os projectos estruturantes provedores de bens públicos com impacto na diversificação da economia. Os investimentos para infra-estruturas, energia, água, estradas, transportes e logísticas devem ser concebidos e estruturados para apoiar a implementação de programas dirigidos preferencialmente, sublinhou o governante.
Para o governante, as plataformas transfronteiriças seriam um factor determinante para o incremento das relações comerciais, colocando no centro importantes fluxos comerciais gerados por um mercado com mais de 250 milhões de consumidores, com vastos recursos económicos e numa posição de vantagem perante muitos dos países desta macro-região.
Disse que a província do Uíge vai contar com plataformas logísticas urbanas e regionais, a exemplo do mercado fronteiriço de Kimbata, no município de Maquela do Zombo.
“As plataformas logísticas transfronteiriças assumem-se como “guarda avançada” da logística nacional junto às fronteiras com todos os países com os quais Angola possui fronteiras comuns”, disse o ministro dos Transportes.
Por sua vez, o governador local, Paulo Pombolo, afirmou que no mercado fronteiriço de Kimbata estão já construídas infra- estruturas provisórias onde funcionarão a Polícia Fiscal e de fronteiras, Serviços de Migração e Estrangeiros, Administração Geral Tributária (AGT) e Bancos, tendo sido reservado espaço para a plataforma logística de Kimbata.
O governador referiu-se às minas de cobre de Mavoio, em Maquela do Zombo, informando que foram já prospectadas 48 milhões de toneladas de cobre.
Neste âmbito, sugeriu a possibilidade de construção de um ramal ferroviário a médio ou longo prazo para o município de Maquela do Zombo, passando para o Pôlo Industrial de Negage às plataformas de Bungo e Damba, para beneficiar os produtores e operadores económicos desta região.
Paulo Pombolo mostrou-se preocupado com a falta da operacionalização dos voos da TAAG para a província, quatro anos após a inauguração do Aeroporto local, Manuel Quarta Punza, equipado com meios modernos, facto que tem criado muitos transtornos a população.
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