Tendo em conta o mais recente relatório da OMS, que está a apoiar o combate à epidemia, foram contabilizados até 21 de Julho 3.748 casos suspeitos de febre-amarela, contra os 3.682 da semana anterior, os 3.625 da primeira semana de Julho e os 3.552 contabilizados até ao final de Junho.
Desde 5 de Dezembro há igualmente registo de 364 mortes atribuídas à epidemia de febre-amarela, mais três casos no espaço de uma semana.
No último relatório da OMS refere-se que do total de casos de infectados por febre-amarela até à terceira semana de Julho, 879 foram confirmados, o mesmo acontecendo com 119 dos óbitos.
Contudo, a OMS também afirma que a epidemia está em regressão e que não foi reportado qualquer caso confirmado de febre-amarela em Julho. O último caso devidamente confirmado registou-se no final de Junho, no município da Cahama, na província do Cunene, no sul.
A epidemia teve início em Viana, arredores de Luanda, mas as autoridades de saúde já contabilizam casos suspeitos, e com propagação local, em todas as 18 províncias do país e confirmados em 16 destas.
De acordo com a OMS, Angola já recebeu cerca de 14 milhões de vacinas contra a febre-amarela e vacinou mais de 11 milhões de pessoas desde Fevereiro, numa população-alvo de cerca de 24 milhões.
Aquela organização das Nações Unidas assumiu a 19 de Junho que a resposta à epidemia de febre-amarela em Angola levou pela primeira vez à ruptura das reservas mundiais de emergência da vacina.
A doença já se propagou de Angola à vizinha República Democrática do Congo (RD Congo), que regista, segundo as últimas informações disponibilizadas à OMS, até 20 de Julho, um total de 1.907 casos suspeitos e 95 vítimas mortais.
Também foram “exportados” casos para o Quénia e para a China, com a OMS a sinalizar a ameaça de propagação global da doença através de viajantes não imunizados contra a doença.
As campanhas de vacinação no país recorrem desde Fevereiro, inicialmente apenas em Luanda, ao apoio dos militares e contam com ajuda financeira e técnica da OMS e da comunidade internacional, para a aquisição de vacinas.
A transmissão da doença é feita pela picada do mosquito (infectado) Aedes aegypti que, segundo a OMS, no início desta epidemia, estava presente em algumas zonas de Viana, Luanda, em 100 por cento das casas.
Trata-se do mesmo mosquito responsável pela transmissão da malária, a principal causa de morte em Angola, e que se reproduz em águas paradas e na concentração de lixo, dois problemas que afectaram a capital desde Agosto passado na época das chuvas e devido à falta de limpeza de resíduos.
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